Jobim AdvogadosJobim AdvogadosJobim Advogados
Menu
  • Início
  • O Escritório
  • Profissionais
  • Áreas de Atuação
    • Expandir
      • Direito Administrativo
      • Direito Bancário
      • Direito de Trânsito
      • Direito do Consumidor
      • Direito Empresarial
      • Direito Minerário
      • Direito Possessório
      • Direito Previdenciário
      • Direito Securitário
    • Expandir
      • Direito Trabalhista
      • Direito Tributário
      • Direito de Família e Sucessões
      • Direito Médico e Odontológico
      • Defesa de Advogados
      • Tribunais Superiores
      • Startups
      • Direito Penal
      • Atuação em Segundo Grau
      • Negociações e Soluções
  • Blog
  • Contato

REMUNERAR “FUNCIONÁRIO FANTASMA” É CRIME? E A PRÁTICA DA ‘RACHADINHA’?

  • Home
  • Blog
  • REMUNERAR “FUNCIONÁRIO FANTASMA”...

REMUNERAR “FUNCIONÁRIO FANTASMA” É CRIME? E A PRÁTICA DA ‘RACHADINHA’?

CategoriesArtigos / Direito Penal

Jobim Advogados

18 de maio de 2020

1 0

Share this post

Por Felipe Bochi Damian

Advogado – OAB/RS 115.259

Email: felipe.damian@jobimadvogados.com.br

Imagine o seguinte cenário hipotético: o prefeito de uma pequena cidade nomeia um parente seu para exercer cargo em comissão (cc) na Secretaria Municipal de Saúde. O parente, embora nunca tenha exercido efetivamente o trabalho – era um “funcionário fantasma” -, recebeu durante meses a remuneração financeira do erário pelo cargo que ocupava.

A questão é: nesse caso, o prefeito do município cometeu crime de responsabilidade (DL 201/67, art. 1º, I[1])?

De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (min. rel. Nefi Cordeiro, AREsp 1162086): “pagar remuneração ao servidor público não constitui desvio ou apropriação de renda pública, tratando-se, pois, de obrigação legal, ainda que seja questionável a contratação de parentes do prefeito”.

Desse modo, é cristalino que o pagamento de remuneração a funcionário público devidamente nomeado, por si só, não enseja o crime de responsabilidade do prefeito, pois, embora o agente nomeado não exerça o cargo, o respectivo pagamento é obrigação legal do erário.  Porém, tanto prefeito quanto o funcionário público poderão responder por infração disciplinar e/ou improbidade administrativa – que importará perda do cargo ou função pública, restituição de valores, multa, proibição de recebimento de incentivos fiscais, entre outros.

Mas, e se o funcionário público (agente nomeado) estiver repassando os valores ao prefeito (agente nomeante)? Se comprovado que o “funcionário fantasma” retinha os valores financeiros pagos pelo cargo para, em momento posterior, repassá-los (de forma integral ou em parte) ao agente que o nomeou ao cargo, configura-se o crime de peculato-apropriação, previsto no art. 312 do Código Penal – essa prática é conhecida como ‘rachadinha’ (nesse sentido: REsp 1723969).

Portanto, o “funcionário fantasma” que recebe os valores do erário e não exerce efetivamente o respectivo cargo não pratica fato típico (crime) – muito embora possa sofrer sanções cíveis e administrativas. Porém, caso reste demonstrado que houve desvio da verba pública, como no caso da prática da ‘rachadinha’, existe a possibilidade dos agentes nomeante e nomeado sofrerem, além das sanções administrativas e cíveis, a sanção penal correspondente.

[1] Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores: I – apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio;

Tags: artigo, Direito Penal, Funcionário fantasma, Rachadinha

Related Post

25 DE OUTUBRO DE 2022

Alíquota zero: centrais...

Na última semana de setembro, a 2ª Turma da 4ª Câmara da 3ª Seção do Conselho...

20

7 DE OUTUBRO DE 2022

ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA...

Você sabia que pessoas acometidas por câncer de mama têm direito a isenção de...

10

29 DE JUNHO DE 2020

MOMENTO DE REVER SÓ

Por Lucio Henrique Spiazzi Algerich Antunes Advogado – OAB/RS 117.895 Email:...

40

25 DE JUNHO DE 2020

A PRAGA DE GAFANHOTOS E...

Por Maria Victória Mangeon Knorr Advogada – OAB/RS 97.862 Email:...

00

8 DE JUNHO DE 2020

PRISÃO EM FLAGRANTE: É...

Por Felipe Bochi Damian Advogado – OAB/RS 115.259 Email:...

00

3 DE JUNHO DE 2020

VENDER A SUA EMPRESA REQUER...

Por Lucio Henrique Spiazzi Algerich Antunes Advogado – OAB/RS 117.895 Email:...

00

Buscar

Postagens Recentes

  • Alíquota zero: centrais multimídia de veículos passam a ter a mesma classificação fiscal do GPS
  • ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA PARA PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA!
  • Os juros e os contratos financeiros e bancários
  • As negociações e os documentos
  • PEDIDO DE FALÊNCIA POSTULADO PELO FISCO E A RECENTE DECISÃO DO TJ/SP

Desenvolvido pela Studio Lá Em Casa